GFK, o “Chatô” dos institutos de medição de audiência

Hoje pode ou não ser um dia histórico para a imprensa especializada em assuntos televisivos, isso porque talvez hoje saiam os primeiros números de audiência apurados pelo GFK (ou podem já ter saído enquanto você lê essa matéria). Mas qual a importância disso? Vamos explicar.

Há muito tempo o Ibope domina o mercado de medição de audiência, mas acontece que as emissoras menores (todas menos a Globo) pensaram “nossa, esses números nunca são bons pra mim, então o Ibope é manipulado pela réde Globo”. Em vez de investir em novos programas e formatos, todas se uniram para investir na vinda da GFK, um instituto de pesquisa que faria uma medição diferenciada.

Mas o que tem de diferente nesse caso de outros institutos que tentaram competir com o Ibope? Lembro por exemplo do Datanexus, um criado pelo SBT que se tornou a novela “Babilônia” dos institutos de medição por ter flopado miseravelmente e por ter trazido números iguais aos que o Ibope já mostrava. Bem, a diferença do GFK é que ele usa muito mais aparelhos e analisa muitas formas de se consumir TV, dando um resultado teoricamente mais preciso.

O problema maior é que o GFK tava previsto pra divulgar seus números em 2012. Sim, ano de “Avenida Brasil”, “Cheias de Charme” e do nascimento daquele blog maravilhoso que era o finado Coisas de Novela. Mas aí a coisa foi atrasando um pouco até chegar nesse dia que foi anunciada a divulgação dos primeiros resultados ao público .

Digo ao público porque os números já estão em posse das emissoras que investiram um dinheirão no GFK. E, segundo informações de colunistas da área, a grande surpresa é que os números são praticamente idênticos aos do Ibope.

Que coisa, não?