Conheça os livros de Jane Austen que formaram a novela “Orgulho e Paixão”

Estamos pertinho da estreia da próxima novela das seis, “Orgulho e Paixão“. Para você que acha esse nome um pouquinho familiar, o motivo é simples: a base da novela é todinha inspirada no romance “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen. Janinha (esse sou eu tentando simular qualquer intimidade com ela) é uma das mais famosas escritoras inglesas e responsável por uma série de livros que sempre costumam aparecer em boxes com capas conceituais nas livrarias. No geral, eles são conhecidos por trazerem protagonistas femininas muito fortes e que contrariam o senso machista da época. Então é comum vermos protagonistas que não necessariamente pensam em se casar.

Mas tem uma informação sobre a próxima novela que talvez você não saiba: na verdade, “Orgulho e Paixão” não se trata APENAS da história de “Orgulho e Preconceito”. Pois é, o autor Marcos Bernstein fez um saladão Jane Austen e enfiou nada menos que CINCO histórias da autora para compor os personagens principais de sua novela. Por causa disso, nós do Coisas de TV decidimos mostrar quais são os romances de Jane Austen usados para a novela, algumas mudanças que já rolaram e alguns outros detalhes. E sempre ilustrando com a capa mais bonita que tem (menos Emma, que todas as capas são igualmente feias).

“Orgulho e Preconceito”

Esse é o romance principal da novela, tanto que o título que a Globo deu é bem parecido com ele. Em “Orgulho e Preconceito” acompanhamos a história de Elizabeth Bennet, a segunda filha de sua família que é conhecida por todos como uma moça de atitude. Ela tem personalidade forte e inclusive já chegou a lutar contra zumbis… pera… não, isso é outra coisa. Mas a história original de Jane Austen (sem ser a versão com mortos vivos) é uma história que critica a burguesia e mostra como Elizabeth vai se interessando por Darcy.

Já em “Orgulho e Paixão”, Elizabeth Bennet virou… Elisabeta Benedito (!!!) e é a segunda de suas cinco irmãs. A grande diferença é que suas irmãs em boa parte vieram de livros diferentes, mas isso vamos falar mais pra frente.  Elisabeta (vivida pela Nathalia Dill) é basicamente a Elizabeth Bennet, só com um nome mais cafona porque a Globo evita repetir nomes de personagens em novelas diferentes (lembre que Gloria Pires é a Elizabeth de “O Outro Lado do Paraíso”). Do livro original também se mantiveram os pais de Elizabeth Bennet, algumas irmãs e seu principal interesse romântico, o jovem Darcy (Thiago Lacerda) que manteve o mesmo nome do original. Não que isso seja um elogio.

“Emma”

Esse é outro livro bem famosinho de Jane Austen e conta a história de Emma Woodhouse, uma jovem garota inglesa do século XIX que é a típica mocinha de novela: quer ter uma vida certinha e tem é assim meio “mimada”. Ah, e ela é do tipo que ama ficar arranjando os boys pras amigas e tem uma relação bem próxima com George Knightley.

Já em “Orgulho e Paixão”, Ema Cavalcante (Agatha Moreira) tem uma letra M só no nome e é uma moça sonhadora igualzinha à do livro de Jane Austen, com a diferença de que o George se chama Jorge e agora é o Murilo Rosa. Ou seja, ela vai continuar sofrendo.

“Razão e Sensibilidade”

Esse foi o primeiro livro publicado por Jane Austen (e também é conhecido como “Razão e Sentimento“) e conta a história das duas irmãs Dashwood, Elinor e Marianne. Elas precisam se mudar para uma nova casa  depois que o papai morre e lá elas começam a entrar em conflito entre a razão e o sentimento (daí vem o nome do livro, olha só).

Para “Orgulho e Paixão” rolou a primeira grande mudança: Marianne, uma das irmãs Dashwood, foi a única da família que entrou na novela, e dessa vez como Mariana Benedito (Chandelly Braz), irmã de Elisabeta. Seu par romântico, o Coronel Brandon, também veio do mesmo livro, mas infelizmente será o inexpressivo Malvino Salvador.

“A Abadia de Northanger”

“A Abadia de Northanger” é um livro bem menos conhecido, e foi o primeiro romance póstumo de Jane Austen. Em vez de seguir o jeitão de seus livros mais famosos, a autora decidiu dar uma zoada naqueles livros ultrarromânticos contando a história de Catherine Morland, uma moça que é meio doidinha das ideias e acha a coisa mais incrível do mundo viver aventuras românticas naqueles castelos bem europeus e góticos suaves. Aí ela é convidada por Henry Tilney, proprietário da tal abadia do título, a ficar por lá.

Em “Orgulho e Paixão” ela vai se chamar Cecília Benedito e, como o sobrenome já entregou, é mais uma das irmãs de Elisabeta. Para interpretar essa mocinha que idealiza o amor, chamaram nada menos que Anaju Dorigon, atriz de “Malhação” acostumada com ships. Ela fará par com Rômulo (Marcos Pitombo), outro já bem acostumado a gente ficar desejando nas redes sociais que o casal não se separe NUNCAAA.

“Lady Susan”

“Lady Susan” é um romance curtinho da autora que só foi publicado em 1871, quase um século depois de ter sido escrito. Nele acompanhamos a história da Lady Susan, uma mulher viúva conhecida por ser bem sedutora. Durante o romance ela faz muitas coisas controversas, o que poderia colocar ela como uma anti-heroína. E foi nessa personagem que o autor Marcos Bernstein se baseou para criar a vilã Susana (Alessandra Negrini), que tem sorriso diabólico, desdenha as rivais e fará de tudo para ter Darcy para ela.

E você sabia que o Coisas de TV tem um canal no YouTube? Nosso último vídeo foi inclusive comentando sobre o teaser de “Orgulho e Paixão” com muito achismo (não tínhamos nem pesquisado os livros e falamos umas besteiras) e deboche!