renato-clara-revelacao-vilao

Existe um furo MUITO GRANDE na revelação do plano de Renato em “O Outro Lado”

Na noite de hoje (15) rolou a grande revelação de que Renato (Rafael Cardoso) é o grande vilão secreto por trás de todas as maldades da novela “O Outro Lado do Paraíso”. Essa reviravolta (que já havia sido anunciada lá atrás mas o autor negou veementemente) foi desencadeada por uma cena no mínimo bizarra: antes de se casar com o médico, Clara (Bianca Bin) foi atrás de um rosário de sua mãe e encontrou uma pasta cheia de documentos e fotos de seu pai.

Claro que ela nunca havia aberto essa pasta antes. Acontece que lá dentro, logo de cara, havia uma foto do pai de Clara (que morreu no primeiro capítulo explodindo com dinamite) ao lado de Renato, isso antes mesmo de ele conhecer a moça. Além disso, havia uma nota fiscal de 10 anos atrás avisando que as dinamites foram compradas não pelo pai da Clara, mas por Renato. Pressionado, ele contou que havia comprado as dinamites mediante dividir os diamantes.

Até aí tudo bem, Glorinha Perez disse que precisamos voar. Essa situação, embora bizarra e folhetinesca, é verossímil. Vamos acreditar que Clara recebeu uma pasta que nunca abriu, ou então que entre as poucas fotos de seu pai havia uma com um cara que ele havia acabado de conhecer. Porém, durante a revelação do plano maléfico, surgiu um furo muito grande.

Clara descobriu que Renato também foi responsável por sua quase morte no hospício, quando teve ele estava em um caixão (aquele que ela havia se escondido) que foi arremessado no mar. E como ela sabia que ele estava por trás disso? Porque Patrick, o melhor advogado criminalista do Brasil, ligou para o hospício e eles contaram que os médicos de lá recebem um manual sobre o funcionamento da instituição, inclusive sobre o fato de jogarem os mortos no mar. Sendo assim, ele sabia muito bem qual seria o destino quando sugeriu que Clara entrasse no caixão de Beatriz (Nathalia Timberg).

RENATO-PLANO

Aí que a coisa pega: o hospício tinha institucionalizado o fato de arremessar mortos no mar? Isso era tão oficial que estava no MANUAL DE REGRAS DO LOCAL???? Isso não faz O MENOR SENTIDO.

Em primeiro lugar, não se pode simplesmente jogar caixões com cadáveres no oceano porque afeta o meio ambiente. “Ah, mas corpos são jogados no mar”, alguém vai dizer, mas quando isso ocorre é de forma ilegal. No caso do hospício, é algo OFICIAL e aparece escrito no manual. Será que aparece escrito algo do tipo “despejamos os corpos dos internos falecidos lá no mar aqui do lado”? Ainda menos sentido faz o pessoal do hospital confirmar esse expediente para o primeiro cara que faz uma ligação telefônica lá.

Vale lembrar que isso de arremessarem no mar é uma GRANDE INSPIRAÇÃO do que rolou em “O Conde de Monte Cristo”: Dantes entrou no caixão achando que seria levado pra fora da prisão, mas aí os funcionários revelaram que costumam jogar no mar (uma saída não-oficial porque é mais fácil mesmo).

***

Aproveitando a viagem, sabe quem não foi ao casamento de Clara? Sim, a Mercedes, personagem da Fernanda Montenegro. E sabia que temos um canal no YouTube e fizemos um vídeo falando sobre os papéis mais flopados de sua carreira nas novelas? Confere aí!

Fábio Garcia

Nunca tive a chance de falar "como vai, Galisteu?".

Você pode gostar...

Comenta Aí!

22 Resultados

  1. Nmyara disse:

    Engraçado que para os fãs do Carrasco, não importa se tem furo. Importa é se tem reviravolta. Reviravolta é bom. Reviravolta é o que o povo quer. Nem que ela seja tirada do cesto de lixo, para não dizer outra coisa.
    Que um hospício em pleno século XIX lance os corpo. Piada pronta. Aliás, o fato de ele ficar tentando mimetizar uma obra de quase dois séculos atrás, sem se preocupar muito com a adaptação à realidade, ou limitando-a a uso de tecnologia, dá furos e furos. Só seria bom que os fãs dele parecem de babar apontando números e aprender aceitar as críticas quando existe motivo.

    • Nmyara disse:

      Opa, correção: *Que um hospício em pleno século XIX lance os corpos, vá lá* Mas um, em pleno século XXI, que segue ordem judicial, que tem normas de funcionamento e tudo. Aí está a piada pronta*

  2. Chris disse:

    Eu achei até ok esses furos,as vezes é preciso ter isso pra dar a tal reviravolta na novela,prefiro ter reviravolta com furos do que a novela ficar em círculos até o final,a novela só termina em Maio e a vingança da Clara já esta caminhando pro fim. Só acho que no caso da pasta só a nota fiscal já tava bom,não precisava de ter até foto mas também não foi nada que nos fizesse voar nivel Glória Perez fazendo estrangeiros conversar em português desde 2001. A única coisa que achei realmente difícil de engolir foi o Renato saber que os corpos são jogados no mar mas não pela o meio ambiente e sim porque no momento que o médico do local comentou isso com ele,ele ficou muito espantado e a Clara nem tava do lado dele,então naquele momento ele realmente ficou surpreso,se o Renato seria revelado como vilão mais pra frente,aquela cena dele conversando com o médico não deveria acontecer.

  3. Rafa disse:

    Eu pessoalmente não vi nenhum furo nisso, aliás só a parte do Patrick mesmo. Recursos dramátutgicos minha gente. Vamos voar voar voar subir subir….

    E essa reviravolta era necessária porque deu um gas na novela pra poder ter assunto até Maio, já que o plot da vingança da Clara começou a andar em círculos depois que ela derrubou o juiz.

  4. Enigman disse:

    Walcyr Carrasco é de longe o roteirista menos coerente em atuação na Globo. Pode até ser muito bom em chamar a atenção do pessoal que só liga pra reviravolta e não se importa com os detalhes, mas eu fico muito incomodado.
    Não cheguei a assistir nem 5 capítulos dessa novela de tão agoniado que fiquei com isso.

  5. Leo disse:

    Nossa, tem tanto furo bem pior nessa história do Renato ser vilão e vocês preocupados com um detalhe ecológico usado apenas como solução dramatúrgica fácil, e como vocês mesmo justificaram, totalmente baseado em O Conde de Monte Cristo, que serviu de inspiração pra novela. Antes de questionar esse arremesso de defunto no mar, deviam questionar a existência de um manicômio com tratamento de eletrochoque em pleno 2007 isolado numa ilha à beira de um penhasco onde as pessoas são depositadas e nunca mais saem. É uma novela, po. Ficção, dramaturgia. É a mesma coisa de questionar os personagens de Caminho das Índias falando em português entre si ou porque em novela porteiro nunca anuncia quando alguém vai subir no apartamento de alguém. O “furo” nessa história foram as milhares de brechas (milhares MESMO) que deixaram evidente o bom mocismo do Renato (o Walcyr contornou algumas muito bem, como o fato do Renato ter fechado o consultório voluntário dele no quilombo logo após a Clara sair de lá): ele fez uma cara de espantado quando o diretor do hospital disse que o caixão seria jogado ao mar, e também se tudo era um plano dele em conluio com a Sophia pra matar a Clara, por que ele foi se consultar com a dona Mercedes pra adivinhar onde a Clara tava? Ele olhou o e-mail no computador da Sophia às escondidas de madrugada, mentiu pra sogra e foi pra lá. E se a dona Mercedes tudo sabe e tudo vê, por que entregou a Clara nas mãos de um homem que queria matá-la quando ela mais precisava de ajuda? E por que 10 anos após manter a Clara totalmente afastada e isolada, a Sophia de uma hora pra outra decidiu que a melhor solução era matá-la? Não era mais fácil ter matado 10 anos antes, depois da interdição? E não era mais fácil subornar alguém do hospício pra dar uma eutanásia na Clara em vez de mandar o Renato ir lá e jogar ela com o caixão no mar? Fora os comportamentos éticos de um típico herói do Renato com relação a diversas tramas paralelas. Ele sempre se mostrou um bom homem, correto, íntegro, até mesmo porque sempre foi super amigo do Rafael, que também é uma boa pessoa. Enfim, são mil furos que sempre vão aparecer quando essas novelas inventam isso de enganar o público quanto ao caráter de um personagem. Mas a gente tem que voar mesmo, não tem jeito. A Flora no início de A Favorita, mesmo quando estava SOZINHA com o Dodi ou o Silveirinha, se fazia de coitada, jurava inocência e falava o quanto ela amava a Lara e queria conquistar a filha. Ela também tentava convencer o pai – que sabia que ela era má – que era inocente (e depois da reviravolta ela só faltava bater no pai quando o encontrava). Em Passione, a Clara também na fase de falsa redenção ficava suspirando de amor pelo Totó em cenas que aparecia sozinha.

    • Biel disse:

      As instituições psiquiátricas ainda usam o eletrochoque, mas a terapia é feita de maneira mais humanizada. Algumas coisas fizeram parecer que o Renato era mocinho simplesmente porque o Walcyr deixou o personagem mais neutro, pra depois decidir qual era a verdadeira personalidade dele

      • Leo disse:

        Eu acredito que o Walcyr tinha certeza que o Renato seria o vilão desde sempre, tanto que isso foi noticiado desde a estreia da novela em muitos sites confiáveis. Ele só não quis deixar escancarado, queria fazer surpresa pro público, que nem o João Emanuel Carneiro e o Sílvio de Abreu fizeram em outras novelas. Claro, o Walcyr é um camaleão e sempre modifica suas novelas de acordo com o que o público quer ver com elas ainda no ar. Se ele sentisse que o melhor caminho era o Renato continuar sendo mocinho, com certeza faria isso. Mas acho que a direção e o elenco estavam em comum acordo com essa reviravolta, porque a atuação da Bianca Bin sempre deixou a Clara ligeiramente desconfortável perto do Renato, ela nunca confiou nele 100% e se entregou muito mais fácil ao Gael (e até cogitou o perdão a ele mais fácil). A Clara nunca teve cumplicidade nenhuma com o Renato, e até o amor que ele dizia sentir por ela era algo meio gélido, frio.

        • douglas disse:

          Sim, ela já tinha planejado. Aquela cena do Renato segurando as pedras no primeiro capitulo já era uma dica que ninguém deu bola.

          E realmente, a Clara NUNCA correspondeu o Renato, sempre o viu como um amigo e desde do retorno já tinha certeza de q ela tentou mata-la

    • douglas disse:

      Era a melhor solução aceitar a “ajuda” do Renato pra ter uma aliado a mais, uma boca calada. E ela contava que a Clara morresse lá dentro ou enlouquece de verdade com os remédios. Esse lado bom do Renato em outras situações foi pra ninguém desconfiar e aumentar a surpresa da virada, fora que deixa o personagem mais real. O Gael por exemplo, bate em mulher mas é correto em outras coisas, com a Estela, com o filho, contra as maldades da mãe… Só a Sophia é má em tudo nessa novela.

      Enfim, eu gosto da novela mas achei a virada forçada porque não tinha necessidade nenhuma. Mas não da pra dizer que foi mal construída e do nada.

  6. osnilson disse:

    o que me espanta é a quantidade de gente (incluindo vocês) que continua vendo essa novela

  7. douglas disse:

    Aumentaram o texto pra ver se consertavam, mas ainda sim esqueceram de trocar “diamantes” por “esmeraldas” kkkkk. Sim, jogar defunto no mar não é muito ecológico, mas primeiro que é NOVELA, segundo, porque questionar isso só agora se já se sabe dessa prática desde quando a cena foi ao ar? E essa prática é “oficial” mas no regulamento interno. Eles que decidem, não as autoridades. Fora que é um lugar que ainda usa choque na cabeça como tratamento, porque diabos se importariam com o que fazer com corpos de indigentes?

    Para que ta feio Fábio. Ta querendo achar pelo em ovo.

  8. Kevin Limms disse:

    a matéria não tem nem uma conclusão de tão sem sentido kkkk

  9. Kevin Limms disse:

    que matéria sem sentido
    não estou defendendo dessa novelinha medíocre, mas não há furo nisso. se a norma era os caixões serem jogados no mar faz sentido, aí vc diz que não faz sentido por causa de O Conde de Monte Cristo? não são a mesma obra, pode ter sido uma homenagem a história do caixão (cof cof cópia cof cof) mas eles arranjaram um sentido. então não vejo o porquê dessa matéria.

  10. douglas disse:

    Tem mais furos nessa matéria no que nessa história em si. Parece que desaprenderam o que significa furo de roteiro. O negócio do Renato já conhecer Jonas pode ser forçado, mas não irreal. Ele fornecia as dinamites querendo uma participação nos lucros, exatamente como ocorre no garimpo, só que numa escala menor. Um entra com o dinheiro pra viabilizar tudo, o outro entra com o trabalho braçal.

    E não entendi onde ta o furo na questão dos caixões, inclusive muitos questionaram na época se o Renato sabia, já que era funcionário. Os mortos que a família não reclamou e abandonou eram arremessados como indigentes, já os com família tinham enterro normal.

    Tão caçando pelo em ovo.

    • Patricia Rodrigues disse:

      O furo só que tem quanto a isso é que, se é uma prática ilegal, um atendente passaria essa informação para qualquer um. Outro ponto em que há incoerência é, no início da novela, a reação do Renato, como se não soube nada, como se não fosse ruim, sendo que não era necessário encenar para o diretor do hospício, já que este não sabia que estaria matando uma paciente.

  11. Biel disse:

    Sou lerdo, não entendi onde está o furo que vocês falaram. Talvez um pequeno furo é usarem o termo ”hospício” ao invés de clínica psiquiátrica. Hospício é um termo um pouco ofensivo e não usam mais, embora signifique a mesma coisa que clínica ou hospital psiquiátrico

    • douglas disse:

      Não usam oficialmente, mas ainda é usado no dia a dia e não tem nada demais. Não tem furo nenhum nessa história, fizeram a matéria correndo tentando polemizar.

      • Biel disse:

        No dia a dia sim, mas falar hospício para um profissional da saúde mental é uma ofensa gravíssima. O Patrick ligou para a instituição e perguntou se era do hospício Santa Justina. Para ele ter uma boa conversa com quem o atendeu, era melhor ele ter se referido como ”hospital”, mas isso é só um detalhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *