Protagonista de “Malhação” pode ser irmã da vilã e que saudades de histórias originais

Se você tem acompanhado a programação da Globo, ou pelo menos lê a gente com certa frequência, você sabe que semana passada estreou a nova temporada de “Malhação”. Você deve saber também que nossas expectativas não estavam das mais altas já que nem os miniepisódios e nem o primeiro capítulo foram assim tão incríveis. Mas como aqui a gente é brasileiro e não desiste nunca, a gente (pelo menos eu, né, o Fábio não sei) seguiu assistindo à novela ao decorrer da semana.

Antes que você espere uma crítica super elaborada sobre tudo que achamos da primeira semana já adiantamos: não vai ter. Muito difícil saber ao que uma novela veio com apenas uma semana no ar. Vejam que a mocinha ainda nem se envolveu com o mocinho e que a vilã nem teve lá muito tempo pra botar suas garras de fora (por enquanto ela só é uma menina minada e preconceituosa). Por enquanto sabemos muito pouco da história como um todo, mas isso não nos impede de achar que a protagonista podia falar o texto com o tico mais de naturalidade. Não ia matar ninguém.

Em todo caso, todos vocês já estão cansados de saber que quem comenta é comentarista, então só vamos dar a nossa opinião sobre uma das tramas da novela. O caso de Joana (Aline Dias) estar procurando seu pai. Pra quem não assistiu a novela desde o começo (não culpo) a gente explica. Joana é uma moça humilde de coração bão que nasceu em Fortaleza e foi criada por seu padrasto malvado e por sua vó de criação. A mãe dela morreu quando ela ainda era pequena e ela nunca conheceu o pai. Em uma dada hora ela cansa dos desmandes do padrasto e corre pro Rio de Janeiro, onde uma amiga de sua mãe poderia ajudá-la. Além disso, parece ter sido no Rio de Janeiro que o pai que ela nunca conheceu morava, então ela entra nessa caçada pra achar o pai.

Até aí é pouco original, mas está tudo bem. O problema começou no capítulo de ontem (29) quando Joana estava conversando com Tânia (Débora Secco) sobre seu possível pai. É que por enquanto temos dois candidatos à vaga de pai: o Caio (Thiago Fragoso) o tio zeloso dos filhos de Ricardo (Marcos Pasquim) e o próprio Ricardo que, por coincidência, é o pai da vilã da novela.

Claro que a gente acredita em reviravoltas, surpresas, personagens vindos do éter e finais de novela que incluem Morena Bandida, mas estamos aqui bem preocupados com um lance: e se for mesmo o Ricardo o pai da protagonista? Segundo nossa experiência em novelas, é bem possível que isso seja o caso e, gente, sério, de novo?

Eu digo de novo porque esse lance da vilã e da protagonista serem irmãs já aconteceu não uma, mas DUAS vezes. Em uma ocasião Angelina (Sophie Charlotte) depois de comer o pão que o diabo amassou descobre que é irmã de sua arqui-inimiga Débora (Natália Dill). As histórias inclusive são bem parecidas: Angelina também era pobre como Joana, também perdeu a mãe e Débora, assim como Bárbara (Bárbara França) era uma menina rica, mimada e preconceituosa.

Da outra vez que rolou algo parecido foi em uma temporada escrita pelo próprio Emanuel Jacobina em que Cauã era um menino pobre que era espezinhado pelo Eduardo, um menino rico e mimado que descobre que Cauã era na verdade seu irmão. A descoberta se dá quando Eduardo contrai leucemia e precisa de um doador compatível. É aí que a mágica acontece: os rivais eram na verdade irmãos.

É claro que a novela ainda tá bem no comecinho mas já estamos aqui pedindo humildemente pra não virem com essa história da Bárbara ser filha do Ricardo e irmã da Joana porque sério, a gente não sabe se vai sobreviver a mais essa surra de falta de originalidade. A gente aceita até ela ser filha do Jorjão, mas vilã irmã da mocinha de novo… salva a gente dessa, Jacobina!