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Os momentos dos 35 anos de SBT que jamais esqueceremos

Apesar de você leitor ter quase certeza que a gente esqueceu de vocês, viemos pra falar que sumimos por uma causa nobre. É que arrumamos emprego em uma grande emissora de TV e estamos vendo detalhes do contrato. Não, mentira, bem que queríamos. É que eu estou um pouco adoentada, com um pouco de febre e por isso tem sido difícil ficar na frente do computador por muito tempo. Mas hoje resolvi fazer um chá e fazer um esforcinho por uma causa nobre: é que hoje se comemora os 35 anos da emissora mais carismática do Brasil. Claro que estamos falando do SBT!

Criada por Senor Abravanel, também conhecido como Silvio Santos, nesses 35 anos o SBT nos trouxe muita alegria, prêmios em barra de ouro que valem mais do que dinheiro e tortada na cara. E é pra lembrar desses maravilhosos momentos que em ritmo de festa a gente escolheu relembrar todas aquelas vezes que a gente sentava no sofá na hora do “Domingo Legal” e só desligava depois que o Sílvio distribuía o último aviãozinho de dinheiro. Vem lembrar com a gente os momentos nesses 35 anos  de SBT que jamais esqueceremos.

O “Topa Tudo Por Dinheiro” como um todo:

Se você foi criança nos anos 90, você certamente ficava acordado até um pouquinho mais tarde pra assistir o “Topa Tudo Por Dinheiro”. Nesse programa teve tanta coisa incrível que é até difícil a gente tentar resumir, mas alguns momentos a gente nunca vai esquecer. Não dá pra esquecer Silvio cantando ritmo de festa que balança o coração  festa colorida divertida de emoção, não dava pra gente não querer um aviãozinho e, mais que isso, não dava pra não querer participar daquelas provas maravilhosas que aconteciam no palco. Quem nunca quis sair escorregando no tobogã sem derrubar as taças com líquido colorido?

Ou quem não ficava esperando as maravilhosas câmeras escondidas em que tudo podia acontecer, inclusive uma caveira dirigir um carro pra ir te assombrar na porta do cemitério?

(Bem bolado!)

E muito antes de fazer a Maísa chorar, Sílvio já dominava a arte de não ser tão… como podemos dizer? Gentil com as crianças. Essa criança fã do Raça Negra, por exemplo, ficou bastante triste enquanto estava sendo espezinhada pelo dono do baú:

(oi, Raça Necra!)

O “Domingo Legal” como um todo:

Era incrível a quantidade de lares que se unia em frente a televisão depois do almoço de domingo pra assistir a competição entre meninos e meninas no programa do Gugu. Se gente seminua procurando sabonetes em uma banheira ou encontrar uma frase embaixo de uma camiseta branca de uma modelo depois de molhá-la era exatamente um programa de família nós não sabemos, o que sabemos é que você rezava todo domingo pro Gugu ir até a sua casa e te dar aquela sacolona de brinquedos. O sucesso foi tanto que o Gugu fez um jogo disso:

(eu tinha).

Além disso, várias outras atrações como o inesquecível Táxi do Gugu e a presença cativa daquele pintinho amarelinho gigante que fazia você sair cantarolando que meu pintinho amarelinho cabe aqui na minha mão, na minha mão.

A variedade de programas que marcaram época:

Você certamente já teve um amigo que fazia o sinalzinho do relógio do “Fantasia” quando você atrasava, você já catou maquiagem ou tinta guache e desenhou uma borboleta pra dublar uma canção durante o “Qual é a Música”, você já se perguntou se era namoro ou amizade e você já ficou cantarolando Pedro de Laraaaa lararararara lararararararararara depois de ver o “Show de Calouros”.

E no mais, se você nunca brincou de tortada na cara imitando o “Passa ou Repassa” e usando toda a espuma de barbear do seu pai, sinto dizer que você perdeu muito.

As tardes de domingo com “Tentação” e o pião da casa própria:

Muito muito antes do roda a roda jequiti tinha um outro jeito da galera que pagava em dia seu carnê do baú tentar ganhar um prêmio em barras de ouro que valiam mais do que dinheiro. Era o programa “Tentação” em que você (e mais trocentos convidados) recebiam uma pergunta e entravam em uma porta onde achava que tinha a resposta certa. Depois de muitas provas & provações a pessoa que restasse poderia participar do jogo do xis. Em 1998, o Pião da casa própria migrou pro tentação e a gente podia terminar o domingo assim, ó:

(rodando! rodando!)

A programação infantil:

Você já usou fita adesiva e tesoura sem pon-ta pra tentar fazer a experiência do dia do “Bom Dia & Cia”, e se você for um pouco mais velho você pode ter se divertido com o palhaço Bozo ou com a intrigante Vovó Mafalda (lembra do trauma que foi descobrir que ela era um homem?) . Um pouco mais tarde o SBT ganhou as crianças com o Comitê Revolucionário Utrajovem (o Cruj) e fez um monte de crianças se despedir dos amigos no colégio assim, ó:

No mais, o SBT sempre teve grandes desenhos para as crianças dos anos 90 e foi lá que a gente viu “Cavalo de Fogo” “O Fantástico Mundo de Bobby” e, é importante dizer: “Pokémon”. A Globo exibia “Digimon” e por isso era bastante preterida pelas crianças da época. Outro programa que você certamente se lembra é esse seriado aqui: “Punky, a Levada da Breca”:

E eu não sei se o Silvio Santos sabe, mas a gente ficou bastante (bastante mesmo!) traumatizada com aquele macaco que saída da porta dos desesperados do programa do Mallandro (que, por uma época, era exibido por lá).

As novelas infantis:

O SBT marcou época importando um monte de novelas mexicanas infantis como “Carrossel”, “Luz Clarita”, “O Diário de Daniela”, “Carinha de Anjo”, entre outras. Mas foi mesmo com a versão brasileira de “Chiquititas” que a emissora conseguiu um dos maiores fenômenos infantis dos anos 90. Todo mundo queria ser a Mili. Todo mundo sabia a coreografia de Remexe:

E pra galera de hoje em dia a emissora ainda não faz feio já que os remakes de “Carrosel” “Chiquititas” e “Cúmplices de um Resgate” também deram bem certo.

A teledramaturgia:

O SBT foi o grande responsável pelo boom das novelas mexicanas aqui no Brasil. A trilogia de Thalia ainda bate forte no coração de cada brasileiro e a gente ainda lembra de vários diálogos da inescrupulosa Paola Bracho que nos lembrou que os mortos não falam:

Até porque, com tanta reprise, não tem nem como não lembrar.

Mas nem só de novela importada viveu o SBT. Algumas tramas próprias como “Éramos Seis”, “Sangue do Meu Sangue”, as “Pupilas do Senhor Reitor” e “Fascinação” não fizeram feio e ainda revelaram grandes atores como Caio Blat e Mariana Ximenes, por exemplo.

Os programas vespertinos:

Teve uma época em que o SBT investiu pesado em programas mais pro público feminino que iam ao ar de tarde. Foi o caso do “Falando Francamente” com Sônia Abrão, do inesquecível programa de barracos, ops, auditório de Márcia Golshmitch e da era de ouro do “Casos de Família” com a Regina Volpato.

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Fenômenos como o “Show do Milhão” e a “Casa dos Artistas”:

O SBT é um eterno segundo-lugar de audiência, mas em algumas vezes a emissora de seu Sílvio importou uns formatos tão revolucionários que os programas se tornaram verdadeiros fenômenos. Foi o caso do “Show do Milhão”, o programa de perguntas e respostas que todo mundo lembra até hoje e que nos trouxe momentos inesquecíveis como esses daqui:

Outro programa que foi um gigantesco fenômeno de audiência foi a “Casa dos Artistas” que em sua primeira edição, além de nos trazer o inusitado casal Supla & Bárbara Paz, ainda nos brindou com esse barraco:

O fato do SBT ter nos trazido o Chaves:

E ter alegrado milhões de crianças  e de adultos por anos e anos:

Os programas de Jô Soares, Hebe Camargo e Serginho Groisman:

Bem antes do Jô ir pra Globo fazer entrevista, ele tinha no SBT um programa chamado “Jô Soares Onze e Meia” que ia o ar no fim da noite (por isso o nome) e que marcou época com o bordão “não vá pra cama sem ele!”. Ótimas entrevistas foram feitas ali, assim como muita gente maravilhosa se sentou no sofá da nossa saudosa Hebe que por anos comandou um programa na emissora. E no mais, bem antes do “Altas Horas”, o Serginho tentava fazer o que eles falam na tv sobre o jovem ser sério no programa Livre que volta?

JÁ!

O programa “PopStar”:

Você pode não lembrar que esse programa existiu e nem que ele queria formar a grande boyband e a grande girlband do Brasil, mas o Rouge e o Br’oz você conhece e saiba que é o SBT o responsável por essa canção aqui tocar até hoje nas festinhas:

A era Maísa:

Sílvio Santos tascou uma criança pra apresentar um programa de TV infantil e com isso conseguiu uma série de pérolas que viraram hits de YouTube nos anos 2000. Percebendo como a menina tinha potencial, Sílvio resolveu dar a ela um quadro semanal no programa aos domingos em que ela podia simplesmente falar o que quiser. Demos muita risada e ainda vimos umas cenas um tanto impróprias, como a vez em que o Silvio achou que era ok enfiar a Maísa numa mala (???):

Todos os momentos que envolveram Silvio Santos, que é o maior apresentador que já tivemos:

Sílvio Santos só fez com que o SBT tivesse tantos momentos incríveis por ser, ele sim, um dos maiores (se não o maior) apresentador que já tivemos. Com carisma e talento inigualáveis ele brincou com sua audiência, ousou quando era necessário ousar, arriscou no que pôde e ainda fez umas coisas assim, tipo andar de burrico:

Ou perder as calças no meio do programa:

Com isso tudo, o SBT pode não ser a grande líder de audiência no Brasil, mas nesses 35 anos tem um espaço gigante no nosso coração, que fica ali, lado a lado com a pegadinha do Bambu:

Parabéns, SBT! Parabéns, Sílvio!

Larissa Martins

Fala muita bobagem, escreve sobre quase qualquer coisa e sabe tudo sobre a temporada da vagabanda de malhação.

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6 Resultados

  1. Renan disse:

    Vocês esqueceram de elencar o “Jesus do SBT”, que de tão assustador ganhou comunidade no Orkut (e acho que no Facebook também) intitulada “Eu tinha medo do Jesus do SBT”. Digamos que eu era uma dessas crianças, mas nunca tive coragem de admitir (até porque sou católico praticante0. Até que, já adulto e trintão, vi o vídeo e percebi que ele era nada menos que um ator fantasiado que pisca numa determinada cena (embora, convenhamos, aquela voz tenebrosa não ajude em nada).

  2. Dan GN disse:

    Ótima matéria, mas algumas correções:
    Pokémon não era no SBT, era na Record.
    O programa de barracos da Márcia no SBT era terça à noite, nunca foi à tarde. Ela apresentou programa à tarde na Band.

  3. José disse:

    Ai gente, eu fico indignado com as pessoas gostarem mais do Casos de Família com a insossa da Regina Volpato do que do formato atual. Era um programa tão chato, com umas discussões superficiais. A Cristina Rocha faz sensacionalismo barato, gritaria e baixaria, mas pelo menos entretém e diverte, é pra isso que o programa deveria servir.

    • Leandro Peixoto de Melo disse:

      Cuidado, a Regina lê esse site D:

    • Sandy disse:

      Eu particularmente gostava mais da Regina como “amiga” do telespectador. O jeito dela, sei lá, a simpatia talvez. Era mais elegante. O formato telebarraco eu só gostava com a Márcia.

    • Eu_ disse:

      Eu acho que não dá nem pra comparar porque são dois programas diferentes, apesar de manterem o nome.
      No tempo da Regina o foco era informar e conscientizar e agora o foco é o entretenimento puro. Em minha opinião, ambas as épocas cumprem seus objetivos.

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