5 coisas que acontecem em “Malhação 2005” e parecem de um passado muito distante

Quando a atual temporada de “Malhação” nos frustra, a gente aqui na redação tenta se distrair pensando que nem sempre foi assim e liga a TV na reprise do Viva, que atualmente está mostrando de novo a temporada 2005 – aquela do Bernardo (Thiago Rodrigues) e da Betina (Fernanda Vasconcellos). A temporada, é claro, não é perfeita. Já até escrevemos aqui que no começo sentimos saudades da Vagabanda, mas não podemos negar que nos divertimos assistindo. 2005, se você pensar, nem é um passado tão distante assim. Faz doze anos. Mas em doze anos, a gente sente informar, muita coisa muda. Mesmo que você sente no sofá depois do almoço pra ver a Betina e o Bernardo e consiga lembrar exatamente de quando acordava do cochilo da tarde e ligava direto em “Malhação”, a gente tem umas informações que vão fazer você se sentir bem velho. É que algumas coisas que acontecem lá na “Malhação” 2005, parecem ter acontecido em um passado muito distante. Duvida? A gente te mostra:

1. Tinha merchan de internet móvel pra celular (e a gente não está falando de 3g):

Se você já nasceu com a internet banda larga funcionando e nunca soube o que é esperar uma música tocar no rádio pra gravar no k7, você provavelmente não se lembra que em 2005, a grande evolução era o celular “com internet”. Antes que você pense que em 2005 a galera do Múltipla Escolha já mandava um whats pra reclamar do professor Pasqualete, a gente explica que a coisa era bem mais rudimentar. É que naquela época existia uma coisa chamada “wap”, que era tipo um protótipo de internet que permitia que você se conectasse a algumas opções de entretenimento ofertadas pela operadora. Pelo celular você conseguia coisas incríveis como checar a programação do cinema, entrar num tipo de “bate-papo” e jogar um quiz. Em “Malhação” essa parece a grande invenção do milênio  – e em 2005 era mesmo. Mas agora, doze anos depois, a gente nem consegue imaginar que um dia usou celular cuja internet só permitia checar se tava ou não passando uma comédia romântica no cinema – e ainda custava os olhos da cara.

2. Tem um problema seríssimo pela venda de DVDs piratas:

Se hoje o grande problema quando a gente vai tentar baixar um filme é tentar achar um site de torrent que ainda não tinha sido derrubado, lá em 2005 a grande cruzada era pra conseguir ver um filme antes que ele chegasse na locadora. E foi aí que surgiu a imensa indústria dos DVDs piratas. Os vilões dessa temporada descobrem que isso dá uma grana boa – apesar de ser crime – e começam a piratear DVDs usando um estúdio construído no colégio. Foi em 2005, mas a gente tem que puxar muito pela memória pra lembrar que teve uma época que a gente tinha que ir no camelô comprar DVD pra ver um filme logo e que ainda tinha que escutar a mãe da gente pedindo pra tomar cuidado porque DVD pirata “estraga o aparelho” (argumento tão real na época que é usando no merchan social contra a pirataria lá na novelinha).

3. As pessoas se presenteavam com CDs:

Amanda se mete numa enrascada na novela porque está namorando dois boys diferentes e resolve dar um presente bem legal pros dois: um CD. Nessas ela se enrosca e acaba dando os CDs trocados. O louco é que naquela época dar CD pros outros era algo tão incrível que era visto como um presente importante – afinal, os CDs custavam bem caro. Tente se lembrar do último CD que você deu de presente pra alguém que não é aficionado por mídias materiais em pleno 2017 (essa gente existe ainda, é sério) e certamente você se verá em um aniversário longínquo presenteando alguém com um CD do Blink 182 – ou pedindo ele de natal pros seus pais.

4. Videocassete ainda existia. Videocassete!

Quando você lembra de uma TV de tubo e os dizeres “limpe a cabeça do videocassete” escrito na tela, suas lembranças devem vir até em preto e branco. Parece que faz vinte anos, mas em 2005 a fita do videocassete ainda existia e tanto existia quanto deu um problemão  na novela, logo lá no comecinho, quando as fitas do documentário de Betina são roubadas e isso cria um quiprocó danado no colégio. A coisa parece tão descolada do tempo-espaço que o DVD é a coisa mais nova em tecnologia que existia; se alguém falasse que o Netflix viria a existir, uma hecatombe se daria com certeza.

5. Retroprojetor

Se hoje você fica bravo porque o professor da sua faculdade não manda os slides por e-mail, imagina o perrengue que era a gente, que tinha que copiar tudo na mão porque as infos que o professor passava em aula vinham em uma TRANSPARÊNCIA. Na época o cara escrevia uma folha A4 com o que precisava e imprimia em um acetato. Como era cara a impressão, cada professor só tinha uma transparência, ou seja, se você perdesse a aula tinha que pegar com o colega, porque ninguém ia te dar uma cópia das transparências. Na “Malhação” 2005  o professor Afrânio ainda usa o retroprojetor com a naturalidade de quem não imagina que doze anos depois ninguém nem sabe mais direito pra que serve se ver um artefato desse se ver parado por aí.

E aí, se sentindo velho já?