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Chama a Aparecida Liberato: as energias estão pesadas em “Velho Chico”

Se o Coisas de TV fosse um programa de TV, enquanto estivéssemos falando sobre o assunto dessa matéria, no GC estaria escrito “Crise em Velho Chico” enquanto estaríamos sentados em um sofá comentando as notícias do dia que saíram sobre a novela. Como (ainda) não somos um programa de TV, nos resta apenas comentar aqui do nosso jeitinho o que tá rolando na novela das nove, e já adiantamos: o clima não está dos melhores.

“Como assim, está tendo boatos de atritos entre diretores e elenco, como rolou em ‘A Regra do Jogo'”?, pergunta o nobre leitor. Bem, não. Até teve boatos de que Benedito Ruy Barbosa estaria #chateado com os rumos que a novela estaria tomando, e o Fábio até escreveu sobre isso na semana passada, mas o que tá rolando agora é que uma das autoras da trama, a Edmara, resolveu se afastar.

Caso o leitor não se lembre, lá no comecinho da novela, quando o Benedito soltou aquela opinião polêmica sobre os gays, falando que “odeia história de bicha”, Edmara saiu contra o pai dizendo que não concordava com o que ele dizia. O que se seguiu depois, ao que parece, foram alguns desentendimentos. Segundo a coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, Edmara resolveu se afastar de vez da novela pra não causar maiores problemas com o pai. Os dois não estavam se entendendo muito bem quanto aos rumos da trama, e como é o Benedito que supervisiona o texto, Edmara resolveu deixar a trama apenas na mão de Bruno e Benedito. A autora vai se dedicar a projetos pessoais e deixar a história do amor proibido entre Tereza (Camila Pitanga) e Santo (Domingos Montagner), bem como os diálogos didáticos sobre a importância da terra, nas mãos do filho e do pai.

E como problema pouco é bobagem, outra coisa é motivo de preocupação na trama das nove: o grupo de discussão. Como vocês já devem saber, a Globo organiza um grupo de discussões logo que uma trama estreia pra saber o que o público da novela está achando da trama e tentar resolver possíveis problemas. Ontem, saiu na coluna do Ricardo Feltrin, que o Saurê de Antônio Fagundes não está funcionando. As razões são várias e vão desde o figurino até a dificuldade das pessoas em entenderem que o Fagundão é sim o Rodrigo Santoro mais velho. Já até dissemos aqui que a interpretação do Fagundão difere muito da do Rodrigo, além da clara falta de semelhança física entre as duas fases do coronel.

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Mas não é só isso que tem incomodado os telespectadores da novela. O figurino também tem causado certa estranheza. Segundo matéria publicada hoje no Notícias da TV, o grupo de discussão disse que o figurino não parece em nada com roupas que as pessoas usam agora, em pleno 2016. A reclamação parece que pode gerar mudanças nas roupas de Saruê, Encarnação e Iolanda, que são os que usam figurinos mais deslocados da época em que essa fase da novela acontece. Os telespectadores também pedem um ritmo menos lento e mais romance. Essa reclamação talvez faça com que o romance de Tereza e Santo se desenrole antes do previsto. Nós aqui do Coisas de TV não achamos a novela ruim, mas confessamos que assim como os telespectadores, frequentemente ficamos confusos com esse novo Saruê e com a data em que se passa a novela. Talvez fossem realmente mudanças a se pensar.

Resumindo: a energia não tá nada boa pros lados de Grotas de São Francisco. Fôssemos nós, já chamaríamos logo Aparecida Liberato pro set de filmagem pra aplacar a energia ruim e as más vibrações. Ou quem sabe, mudar o nome da novela para “Velho Xico” já não melhore a numerologia? Fica a sugestão.

Larissa Martins

Fala muita bobagem, escreve sobre quase qualquer coisa e sabe tudo sobre a temporada da vagabanda de malhação.

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  1. Yago disse:

    Gosto da novela, não me importo muito com o figurino antiquado de alguns personagens porque, se for coerente com o enredo, a proposta e tudo mais, ok. O que não gostei muito foi do Benedito começar a escrever a novela, sei lá, terei de acompanhar pra ver como desenrola.

    Outra coisa foi a escalação do Antônio; super equivocada, acho que o Ney Latorraca seria bem melhor (tem o tipo físico do Santoro e é mais versátil que o Fagundes).

  2. José disse:

    “Não sou capaz de opinar” (PIRES, Glória)
    Não acho justo eu dizer que a novela é ruim porque não gosto. O estilo não me agrada e ponto final. Eu levei uns bons séculos pra entender que o enredo central da novela era o amor proibido entre Santo e Tereza, e que o Coronel Saruê e a Iolanda seriam meros coadjuvantes. Juraaaaaava que aquele romance bonito do Santoro e da Carol Castro teria desdobramentos, reencontros etc etc em 2016. Inclusive julguei muito colocarem atores tão velhos como protagonistas. As idades me perturbam (os atores são jovens demais pros personagens, Christiane Torloni com 70 anos é pra acabar). O Fagundes é muito mais do mesmo, realmente, uma pena que um ator do calibre dele não tenha dedicado um segundo de seu tempo pra tentar manter a construção do Santoro pro personagem. O Chay Suede e o Alexandre Nero deveriam ter ensinado alguma coisa pra ele.
    Enfim, novela chata do cacete. O neto do Benedito me parece inexperiente demais pra comandar sozinho a principal novela do país, e o véio lá não consegue escrever 3 páginas sozinho. Essa saída da Edmara me cheira muito mal.

  3. lsureke disse:

    Acho que tá na hora da equipe dessa novela escrever uma cartinha pra sensitiva que vai no programa da Sônia Abrão kkk, haja urucubaca!
    Não tenho o que reclamar da novela, inclusive estou gostando mais de Velho Chico do que de Eta Mundo Bom, que jurava que ia adorar. O difícil é tentar explicar essas questões de figurino/época/fases pra alguém que não assiste desde o começo, nessas horas era bom ter uma espécie de Naomi Robô em casa kkk.

  4. emburrada disse:

    Olha, eu não tava acompanhando direito até a segunda passagem de tempo. Juro que achei que ainda era uma novela de época. Figurino e cenário continuam bonitos, mas deslocados junto a celulares e computadores. Talvez apareça uma matéria alegando que é um contraste estético entre velho e novo, tradicional e moderno blá blá blá, porém não me convenceu. Também não incomoda (muito). A questão é: li o resumo dos próximos capítulos e não acontece absolutamente NADA. Quando Santo e Tereza vão se encontrar? Quando Martim volta? Concluí que posso ficar sem ver a novela por uma semana e não perderei muita coisa.

  5. Rafael T disse:

    Gente o erro foi terem aceitado a panelinha que o Benedito tem com o Fagundão!!. Seria melhor terem colocado o Marcos Pasquim como saruê se sairia melhor..

    E concordo com a opiniao da Larissa Medeiros, a novela não está ruim, igual a pessssima A Regra do Jogo kkk Velho Chico é ouro!

  6. Ihhhhh, pesaaaado! Também não considero a novela toda ruim, mas é meio chatinha em alguns capítulos e/ou cenas, vezes por causa do texto ser muito didático (as cenas deles conversando com o rio, com a terra, falando de politica e preservação, etc.), vezes pela direção que erra o tom (além dos figurinos, cenários, tem instrumentais sinfônicos que são descartáveis nas cenas e por vezes tbm se exagera ao querer dramatizar demais um diálogo simples). Ambos (texto e direção) também tem seus pontos positivos, mas para mim, o que realmente falta na novela é sutileza.
    Que matéria bem bolada, Larissa, principalmente na parte da numerologia! Velho Xico é ótimo kkkkkkkk

  7. Larissa medeiros disse:

    Pra mim a novela era a novidade que todos estavam pedindo e conseguiram. ..causa uma certa estranheza?causa. Depois de taaantas novelas das 9 exatamente iguais é natural essa estranheza mas a novela não é ruim …depois de tanto tempo desde avenida Brasil eu me sento pra acompanhar uma novela.Tem atuações que estão imperdíveis como a da Dira Paes irandhir Santos Lucy Alves…Espero que as mudanças sejam sutis e a novela não perca a essência

  8. kik disse:

    Fazer novela assim funciona no horário das seis, mas não no horário das nove. As pessoas querem coisais reais e que elas possam acreditar, não quer fazer novela sobre favela? ok a gente agradece, mas não dá pra botar uma personagem mexendo num aparelho tecnológico sendo que ela usa roupas das décadas 20 e 30.

  1. maio 18, 2016

    […] Rodrigo Santoro. Aqui mesmo no site a gente teceu várias críticas a interpretação do Fagundão tanto em textos quanto no nosso […]

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