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Próxima novela dos autores de “Novo Mundo” é tipo um “Novo Mundo 2”

Para se escrever uma novela é necessário muito esforço físico e uma caralhada de pesquisa, afinal você não pode escrever qualquer besteira (tipo um delegado esclarecido do século XXI que cai pela segunda vez no mesmo truque da ex grávida) e achar que está abafando. Imagina então para se escrever uma novela de época coerente! É ainda mais leitura de livros, pesquisas acadêmicas etc. Thereza Falcão e Alessandro Marson fizeram isso para escrever “Novo Mundo” e já preparam uma nova trama. Mas para quê jogar fora todo o trabalho que se teve para pesquisar sobre o Brasil Império, não é? Pois é, a próxima novela deles será tipo uma continuação.

Segundo a coluna da Patrícia Kogut, os autores ainda estão indecisos ainda sobre a época na qual a história vai se passar, mas se sabe que teremos Dom Pedro II e Tereza Cristina (felizmente não a vilã de “Fina Estampa”) como personagens nessa trama também. A julgar pela qualidade da novela que eles escreveram, será interessante revisitarmos esse período do Brasil num folhetim.

Mas olha… pode ir tirando o cavalinho da chuva se você pensa que teremos os personagens de “Novo Mundo” reaparecendo na nova novela, porque isso não deve ocorrer por motivos históricos. Primeiro porque a expectativa de vida na época era bem baixa, então a galera morria cedo, e segundo porque figuras importantes como Dom Pedro I e Leopoldina morreram bem antes de quando a trama deve acontecer: ele quando precisou ir para Portugal resolver umas tretas e ela logo após o fim de “Novo Mundo”. Dom Pedro II assumiu o trono no famoso episódio do Golpe da Maioridade, quando ele tinha 14 anos e falsificaram seu RG pra ele ser ‘de maior’, e como a nova novela deve ser com ele adulto então sem chance de vermos seus pais.

Se bem que, a julgar pelo texto de “Novo Mundo”, existe um personagem que é capaz que esteja vivo. Uma pessoa poderosa, onipresente e com um irretocável cabelo mesmo enfrentando um galeão português com a ajuda de índios. Quem é? Quem é? Quem é?

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Fábio Garcia

Nunca tive a chance de falar "como vai, Galisteu?".

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25 Resultados

  1. Jopechol disse:

    era melhor orgulho e paixão 2 , a continuação da vida de Elizabeta

  2. douglas disse:

    Essa repetição de formula apesar de comum é bem irritante, mas que pelo menos mantenham o tom de aventura, que era a graça de Novo Mundo, além do maravilhoso núcleo da Germana.

    Aliás, em termos de ação Novo Mundo dava de 10 a 0 nesse sonífero das 19h chamado Deus Salve a Gente desse trambolho

  3. Andrew disse:

    Não sei o que esperar já que novo mundo começou bem,mas logo decaiu.

  4. Maria disse:

    A questão é que Dom Pedro I foi um monarca, um ser humano, vindo de uma problemática família real cheia de destemperos. Dona Maria era uma mulher extremamente religiosa que sucumbiu à psicose e terminou o mandato tendo alucinações – chegou a decretar sete dias de luto no Brasil por causa de hóstias que caíram no chão. Entrou para história como “A Louca”. Dom João VI é uma das figuras mais caricaturais da história: bobão, submisso, bonachão, medroso, antiquado… casou-se com Carlota Joaquina, uma espanhola detestável, feia, cruel, ninfomaníaca, assassina… estima-se que Dom Pedro I sequer era filho biológico de Dom João VI, dado a quantidade infindável de homens que Carlota arrastava pra dentro do palácio. A estratégia política dessa família real pra enfrentar Napoleão foi risível: fugir. Isso era impensável a qualquer rei. É óbvio que não dava pra esperar a continuidade dessa família real com algum mínimo de esmero. Dom Pedro I era um sujeito igual a mãe: namorador, irresponsável, ninfomaníaco. Devido a erros dos pais, foi obrigado a assumir o trono da colônia com pouco mais de 20 anos e se casar com uma mulher baixinha, gordinha, austríaca, que ele nem conhecia, por procuração. Dom Pedro era gentil com o povo, era uma espécie de “Lula”, que andava no meio dos pobres, das Germanas e Licurgos, andava sem guarda-costas, era amigável com todos… porém, ele sofria de transtorno bipolar e epilepsia. Era instável, traía e desrespeitava Dona Leopoldina – que sabe-se, ficava dividida entre escrever cartas, depressiva, trancada no palácio, e administrar a função social do governo. Dom Pedro não era um galã, um mocinho romântico, certamente, mas também não era um monstro. Era uma pessoa destemperada, que errava, que abusava do machismo da época. Ele, tal como os pais, não fazia muita questão de respeitar a etiqueta social local, com relação a suas amantes, nomeando Domitila como marquesa e dama de companhia da imperatriz. É certo que todos os monarcas tinham amantes, mas Dom Pedro não se preocupava em minimamente disfarçar, hipocritamente, o que fazia.

    Enfim, Novo Mundo é entretenimento. Um triângulo amoroso entre um “rei do povo”, uma princesa apaixonada sofrida e uma amante libidinosa rende uma novela maniqueísta e clichê, feita pra agradar o público-alvo do horário. Não dava pra sustentar Novo Mundo somente no previsível romance de Joaquim e Anna e nos acontecimentos histórico-políticos que atravessaram a época. Digo que Novo Mundo foi ainda uma das obras que menos satirizou e ridicularizou nossos monarcas através de seus estereótipos.

    • Sandy disse:

      A novela pode até ser ambientada em outra época, mas o público a qual ela se destina é o nosso,; Não se pode tolerar machismo com essa desculpa. Pq foi sim machismo da parte dos autores vilanizarem a Domitila e deixarem o Dom Pedro de mocinho humano. Ela tbm não era humana? Só ele tem o direito de cometer erros? Tenha a santa paciência! É risível usarem esse argumento furado “ah éh apenas novelas, eh ficção” sendo assim porque o Walcyr está sendo criticado por colocar uma advogada canastrona com um curso de coaching fazendo tratamento com uma vítima de pedofilia? Ou então por fazer uma tetraplégica voltar a andar com milagre da nossa senhora? Bando de hipócritas A ficção interfere muito mais nas vidas das pessoas quanto vcs imaginam, ainda mais num país carente de educação como o nosso. Aprenda, entretenimento nunca eh apenas entretenimento.

      • Maria disse:

        Era uma novela das 18h, criatura. Foi preferível dar enfoque a uma história de amor tradicional – entre Dom Pedro e Leopoldina – com a interferência de uma vilã. No caso envolvendo o sofrimento de Leopoldina, ambos foram canalhas – e isso não era poupado da novela, Dom Pedro sabia que era um cafajeste e algumas vezes se culpava por isso. A questão é que como político, Dom Pedro foi um herói. Na época, era amado pelos brasileiros e ele e Leopoldina fizeram muito pelos pobres. Eram líderes carismáticos. Domitila era uma interesseira sim, pode não ser uma vilã de novela como a personagem de Agatha Moreira, mas não acho que seja de bom caráter aceitar ser a dama de companhia da esposa do seu amante, sabendo o mal que pode causar a essa mulher. Agora, você acha que a novela tinha que ser um documentário? Mostrasse Dom Pedro agredindo a Leopoldina? Que a novela encerrasse com o fim trágico da imperatriz, morrendo de depressão, enquanto o Dom Pedro se esbaldava com a Domitila? A cronologia da novela sequer respeitou a da vida real, já que Dom Pedro conheceu Domitila pouquíssimos dias antes da proclamação da Independência. Faça-me o favor.

  5. Fernando Clemente Guedes Barreto disse:

    Eu fico pensando como deve ser a inspiração dos donos do site pra postar tipo eles pensam
    “Já tem uns 10 dias que a gente não posta nada,vamos postar alguma coisa pra ninguém ficar pensando que ele morreu”
    “Certo,vamos postar sobre o quê?”
    “Que tal sobre o arrebatamento em Apocalipse? Ou sobre a reviravolta do Renato ser vilão em OLDP? Ou então sobre a Amália casar e engravidar tão rápido em DSOR e agora o autor usar um feitiço pra separar o casal protagonista”
    “Não,vamos falar do novo projeto da dupla que escreveu Novo Mundo!”
    “Pra quê falar disso? Ninguém quer ler isso!”
    “Não interessa,o site é nosso e a gente escreve e posta sobre o que quiser!”

    • Fábio Garcia disse:

      Olá, Fernando! Na verdade você só acertou a parte de que o site é nosso e a gente escreve e posta sobre o que quiser hahahaha. Na verdade tanto eu e quanto a Larissa temos um trabalho pra sustentar a gente, afinal não ganhamos dinheiro com esse site, então a regra para postar algo aqui é: 1- se é algo interessante, 2- se estamos com tempo para escrever 3- Se estamos com vontade de escrever sobre isso.

      Alguns assuntos que você comentou podem até parecer interessante, mas sinceramente renderiam matérias que você pode encontrar em qualquer outro site que fala sobre novela. Pecamos na frequência, mas nosso plano é fazer matérias aqui que não são vistas em outros lugares (a não ser que o Plagiador volte a copiar, aí vocês podem achar no site dele também). E quando falamos sobre notícias, tentamos também dar uma explicação um pouco maior sobre o assunto e relembrar de outros episódios. Se não te agradou esta matéria, espero que a próxima venha a agradar.

      Opa, acho que falei demais, mas já aviso estamos preparando algo bem legal para o site para daqui uns dias.

  6. Iara disse:

    Saudade das matérias de vcs.
    Em Novo Mundo, eu não conseguia acompanhar muito, mas resolvi aceitar o roteiro e esquecer um pouco a história, como um rumo alternativo do que poderia ter sido. Algo parecido com boa parte da história do filme Desejo e Reparação (Atonement, 2007). Se ignorarmos um pouco a história real, Novo Mundo funcionou como folhetim. Apesar de ter sempre achado o casal de protagonistas Anna e Joaquim dois chatos. O que serviu para parte do público/shippers migrarem suas torcidas para Dom Pedro e Leopoldina (além do carisma da Letícia, que ainda tinha química com o Caio Castro).
    Como Dom Pedro II já tem uma biografia bem heroica, capaz de não precisar de Super Joaquim Suede de braço direito. Mas é bem fácil de aparecer o filho dele na trama, interpretado pelo próprio Chay. Alguém duvida?

  7. Ricardo Becker Maçaneiro disse:

    Humanização de Dom Pedro em Novo Mundo: Não teve nada de tão incoerente não. Dom Pedro com certeza não era tão escroto assim (a verdadeira Leopoldina o amou até a morte, então, é possível que ele fosse, talvez, meio bipolar) e a Domitila era uma vagabunda sim, porque, ok, que ela tenha se apaixonado pelo Dom Pedro e tenha vivido um amor verdadeiro com ele, mas, daí a concordar em ser dama de companhia da Leopoldina com todo o Império sabendo que ela era a amante nº 1 do Dom Pedro foi, no mínimo, uma insensatez.

    • Iara disse:

      Discordo. O Dom Pedro era bem escroto, pq além de trair, ainda batia na Leopoldina. O pai dela chegou a escrever cartas preocupado com o estado de saúde da filha. Muitos culpam a morte dela devido ao sofrimento que ele fez a princesa passar (claro que a precariedade da medicina na época deve ter contado bem mais). Achei exagerada a humanização, mas funcionou no folhetim, se ignorarmos que a verdadeira história teve um final triste e trágico para a princesa.

  8. Sandy disse:

    Não verei Novo mundo 2, já me bastou a ~humanização~ do Pedro I, que era um escroto que transava com qualquer coisa que tivesse uma vagina, colocando-o como mocinho e vilanizando a Domitila (a mulher sempre é a errada da história).

    • French disse:

      Isso é uma questão de época, nesse tempo um homem pegar várias era a coisa mais normal do mundo, então errado seria se eles tivessem mostrado o Dom Pedro l como o vilãozão da história por pegar várias porque não seria nada coerente com a época em que a novela se passava (Deus Salve o Rei está pecando justamente nesse ponto, personagens de época agindo como se estivessem vivendo na geração Nutella vulgo anos 2010 para frente)

      • Maria disse:

        nossa French, você só aparece aqui pra fazer comentário reacionário passivo-agressivo contra minorias, mulheres, LGBTs… cara, dá um tempo, na boa.

        • French disse:

          Não sou contra ninguém, eu apenas tento ser sincero ao máximo (na verdade eu sou contra o mimimi no geral mesmo, qualquer tipo de discurso panfletador barato já me irrita profundamente, porque eu acho que não tem necessidade sabe ?

          Estamos em 2017 e o povo continua com a cabeça lá em 2005

          • French disse:

            Por exemplo a Sandy reclamou que o Dom Pedro l não era tratado como vilão na novela porque traia a Domitila, mas se os autores fizessem isso eles estariam sendo incoerentes com a época em que a novela se passa, logo não seria o melhor a se fazer (eu penso assim… Se eu assisto um novela de ÉPOCA eu tenho que sentir que tudo aquilo é real, se não for assim pra que me serve uma novela de ÉPOCA??

            PS: eu também não gostei da vilaizaçao da Domitila, realmente ela parecia a errada da história, isso é uma coisa que eu acho válido discutir, já que ela foi a mais prejudicada da história, e era tratada como um verdadeiro incosto na novela.

          • Sandy disse:

            Como disse lá em cima: pode até ser ambientada em outra época, mas ela eh destinada a nossa época, ao brasileiro de 2018. Um homem q VIOLENTOU não sei quantas mulheres pode ter feita isso na idade da pedra, n pode ser considerado um mocinho

      • Iara disse:

        Não é só questão de época. Dom Pedro passou dos limites até para a época com a exposição e ascensão da amante daquela forma. Ele tinha uma reputação ruim tanto no Brasil quanto na Europa. Além de episódios de maus-tratos e agressões à esposa. Ou seja, ele era um escroto até para a época.
        Ele realmente admirava a educação e conhecimento da esposa, mas daí a ter vivido um romance que supera tudo. Passou longe de ser. Pela família da Leopoldina, ela teria voltado para a Áustria.

    • Biel disse:

      É tão simples. O D. Pedro era mocinho e a Domitila era a vilã da história porque se tratava de uma novela, de ficção. Ainda não conheço novela que mostre a realidade, nem as bíblicas da Record. Se os autores quisessem, poderiam até terem transformado o D. Pedro num engraxate de sapatos, afinal a obra era deles. Domitila era a vilã da novela por razões tão óbvias: ambiciosa, dissimulada, interesseira, ardilosa. Ok, na vida real quando ela tava com quase 200 anos, ela resolveu fazer boas ações, então as pessoas se iludem com isso, ignorando a biscate que ela era na juventude. Ou uma mulher que fica se atracando com homem casado é boa coisa? E não, ela não fazia isso por amor, fazia pela ambição sem limites dela.

      Reclamem com o Walcyr Carrasco também os absurdos de Xica da Silva. Ou alguém acha que era real a Xica fazendo feijoada com carne de escravo ou a santa inquisição condenando as bruxas aqui mesmo no Brasil e as queimando em praça pública no mesmo país?

      Novela é ficção, simplesmente

    • douglas disse:

      Ah claro, como se Domitila não tivesse culpa no cartório…

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