[VÍDEO] 5 atores de novelas que estão estacionados no mesmo papel
O Brasil tem atores FANTÁSTICOS, uma galera que pega um texto enviado aos 45 do segundo tempo e transformam aquilo num espetáculo de arte. Porém, tem uma galerinha que parece que tem trabalhado apenas no automático, porque depois de um determinado papel de suas carreiras eles começaram a interpretar seus personagens da mesma forma.
No novo vídeo do canal do Coisas de TV decidimos listar alguns desses atores que não têm uma atuação muito variada. Estamos falando que eles são ruins? Não! Mas que eles podiam se esforçar um pouco mais, isso sim!
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Isso se chama typecasting. Alguns atores e atrizes se destacam fazendo algum personagem, fazem sucesso com público e crítica, e a partir daí só são escalados para papéis semelhantes. Muitas vezes não é nem culpa deles, mas de tanto serem chamados para sempre fazer o mesmo perfil, acabam acomodando. Existem, claro os atores de papel só que simplesmente só sabem atuar daquele jeito, mas grande parte dos casos a gente vê que consegue se destacar quando dão oportunidades diferentes. Pegando um exemplo internacional, Matthew McCounaghey; passou anos fazendo galã de comédia romântica, quando teve a oportunidade de fazer algo diferente, foi altamente elogiado e premiado (Dallas Buyers Club, Interstellar, True Detective).
Acontece que alguns atores e atriz simplesmente tem uma aptidão maior para fazer certos tipos específicos. Quando dão certo, autores e diretores vão querer repetir. A Cláudia Raia se consagrou com esse tipo da barraqueira fogosa de subúrbio com a Tancinha e repetiu ele em todas as décadas seguintes e foi muito bem de novo. E pelo visto vai repetir mais uma vez em Verão 90 Graus.
No caso do Fagundão, acho que é mais pelo fato do Juvenal ter sido o último personagem realmente marcante dele, por isso fica a impressão. Mas o Mutilo Benício é um que eu acho que nunca conseguiu se livrar dos trejeitos do Arthur Fortuna. O Dodi era basicamente um Arthur Fortuna do mal e o Tufão tinha vários nuances dele.
Concordo Leo.
Eu adicionaria aí no vídeo:
Giovanna Antonelli: atua sempre igual desde um papel muito esquecido pelo público, a Alma, uma das protagonistas do fracasso Três Irmãs. Ela era a mais carismática das heroínas, e era uma médica atrapalhada, charmosa, independente profissionalmente com muito azar no amor, que vivia tropeçando nas coisas, com o cabelão solto e dando risadinha. Parece diferente da Atena? da Donelô? da Cláudia? da Alice? da Clara? até mesmo da personagem dela no filme SOS Mulheres ao Mar? Eu acho que não! É nítido o comodismo da atriz quando a gente compara a heroína Jade com a vilã Bárbara no começo da carreira, duas composições completamente diferentes, e a semelhança absurda entre a heroína Helô, uma delegada federal, com a vilã Atena, uma golpista, em papéis mais recentes.
Mateus Solano: ele é o Félix pra sempre. Tinha tido excelentes atuações antes do vilão gay, que foi sua consagração. Mas depois, por mais esforço que ele faça porque é um bom ator, dava a impressão, a todo momento, que o Eric de Pega Pega ou o Rubião de Liberdade Liberdade ia despirocar. O Zé Bonitinho mesmo é o Félix cuspido e escarrado.
Elizabeth Savalla: todo meu respeito por essa grande atriz com uma carreira super consolidada muito antes do Walcyr pensar em ser escritor e que já foi protagonista de novelas da Janete Clair e do Cassiano Gabus Mendes. Não sei se é a obsessão do Walcyr por ela, a direção muitas vezes comandada pelo Jorge Fernando ou as duas coisas, mas quando a Savalla vai deixar de ser a Jezebel??? Pra não dizer que sou injusto, por duas ocasiões desde o fim de Chocolate com Pimenta ela foi diferente (Alma Gêmea, seu único papel dramático escrito pelo Walcyr, e Alto Astral, que por ventura parecia a Agnes). De resto, ela foi a Jezebel viciada em procedimentos estéticos em Sete Pecados, a Jezebel dona de uma lanchonete na Lapa em Caras e Bocas, a Jezebel prefeita corrupta de Morde e Assopra, a Jezebel ex-chacrete mãe de periguete em Amor à Vida, a Jezebel dona de fazenda caindo aos pedaços em Eta Mundo Bom e a Jezebel taxista com passado misterioso em Pega Pega.
Deixo como bônus também a Nanda Costa e o José Mayer, que também considero bons atores, mas acho que não estagnaram numa interpretação e sim passaram a carreira tendo, especialmente nas novelas, personagens de perfis idênticos. Eles fazem até muito esforço pra diferenciar o tom de suas periguetes (no caso dela) e de seus garanhões machistas (no caso dele).
Verdade. Eu já havia percebido isso…
Acho que o Cabeção e a dona Vilma tão errados aí, são mais atores de um papel só do que ator bom no piloto automático
Cláudia Raia sempre, até antes da Ramona, teve esse jeitão espaçoso, espalhafatoso, ela interpreta um pouco aquela caricatura de si mesma que sempre rende humor pra novela (a Jaqueline, a Safira, a Samantha). Acho que fica meio indissociável esse jeitão Ramona quando ela é uma personagem mais séria, como a prefeita da Lei do Amor ou a Donatela, que pra mim só era Ramona no começo da novela, mas depois que virou a mocinha oficialmente e sofreu que nem uma condenada achou um outro tom que eu nunca mais vi a Cláudia atuando nele.
Fagundão tem esse estilo Juvenal Antena também em alguns papéis de antes de Duas Caras, até mesmo o caminhoneiro de Carga Pesada e aqueles fazendeiros de sempre do Benedito Ruy Barbosa (mas achei a atuação dele meio diferente em Meu Pedacinho de Chão sim).
Susaninha Vieira também é outra atriz que deixa seu próprio jeito se sobressair ao personagem, mas mesmo assim sempre foi uma ótima atriz. A atuação dela em Senhora do Destino, em A Próxima Vítima, em Por Amor, em Mulheres de Areia, em Cambalacho e em A Sucessora são todas divinas, e uma mais diferente que a outra. Ela ficou meio Lara Romero um tempo sim, apesar de umas boas cenas que a Pilar tinha em Amor à Vida, muito que a prejudicava era o texto infantiloide do Walcyr que parecia pra provocar a atriz (a cena que ela espanca a Aline, irritadíssima, porque a vilã a chamou de velha).
gostaria de deixar registrada minha admiração pela excelente interpretação da Susana em Os Dias Eram Assim. Fez uma vilã magistralmente, que em nada lembrava a Branca de Por Amor, e muito menos a Lara Romero