BELISSIMA-COINCIDENCIAS

Se estreasse em 2018, coincidências de #Belissima seriam crucificadas na web

Na tarde de hoje (04), a Globo estreou a novela “Belíssima de Silvio de Abreu, originalmente escrita em 2005. O primeiro capítulo rendeu uma boa repercussão nas redes sociais e algumas comparações inéditas (como o fato do grego Nikos ter o mesmo sotaque do Kaysar do BBB18), mas nos fez perceber uma coisa: sem essa camada de nostalgia, a novela seria duramente criticada.

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Para aceitar a trama de “Belíssima“, o público tem que acreditar no elevado número de coincidências em que a trama se apoia. Por exemplo temos que aceitar numa boa o romance forçadíssimo entre o Henri Casteli bonitão e a pobrinha vendedora de bala Vitória (Claudia Abreu), e ainda levar numa boa o fato de ela ser amiguíssima de Nikos (Tony Ramos), que por um grande acaso vem a ser o pai de Cemil (Leopoldo Pacheco), lá no núcleo do Brasil. Em outra dessas coincidências das novelas, Vitória se muda para a casa na frente da família de Cemil (claro, tanto lugar em SP e ela vai parar justo lá), e a casa também coincidentemente fica ao lado da oficina de Pascoal (Reinaldo Gianecchini), que por sua vez era o namoradinho de Vitória na adolescência da mocinha pobre.

O núcleo principal da novela também é repleto de coincidências: Henri Casteli é o neto da maquiavélica Bia Falcão (Fernanda Montenegro), e por um incidente do destino acaba se apaixonando por Vitória, que no final da novela descobrimos ser filha de nada menos que a própria Bia Falcão! Sim, ela pegava o sobrinho. E o que falar do atropelamento de Cemil por André (Marcelo Antonny), que na verdade premeditou o acidente (!!!) como forma de se aproximar de Júlia Assunção (Gloria Pires)????

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Para aceitarmos qualquer novela precisamos fazer algumas concessões, desde que sejam verossímeis. Os casos de “Belíssima” são apenas grandes coincidências necessárias para fazer a história andar, não é nada forçado como os furos terríveis de “O Outro Lado do Paraíso”. Mesmo assim, essas coincidências da nova reprise são próximas do que vemos em “Segundo Sol”. Muita gente vai às redes sociais, por exemplo, reclamar como Manu (Luisa Arraes) não reconheceu que a DJ Alok Ariella é na verdade sua mãe marisqueira, quando na verdade a gente entende que não existia foto da coitada lá no final dos anos 90.

Isso me leva a acreditar que, se fosse uma novela inédita, Belíssima” estaria sendo vítima de uma campanha de ódio por parte do público por trazer coincidências comuns às novelas (e até às tão faladas séries americanas, algumas são nível “Salve Jorge”). Mas como se trata de uma trama nostálgica, reexibida com direito a chamada forçando intimidade, o pessoal vai aceitar de boa. E reclamar das coincidências de “Segundo Sol”.

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Fábio Garcia

Nunca tive a chance de falar "como vai, Galisteu?".

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2 Resultados

  1. Fabio disse:

    Belíssima é uma trama toda bem amarrada. Não são coincidências tolas. Parabéns ao Silvio de Abreu.

    Que venha América em seguida!

  2. Alan disse:

    Eu achei a novela boa. Confesso que me incomodo em ver Claudia Abreu em papéis tão diferentes em seguida, foi uma das únicas coisas que me incomodaram.
    E lendo o post percebi: Sério que toda aquela cena de atropelamento era uma armação?

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